O encontro foi dinâmico, começando com uma brincadeira, em roda, com vários objetos no centro, para que nos soltássemos, e a nossa imaginação, construindo personagens, embaladas pela melodia de Deixa Imaginar...
Fomos, então, surpreendidas pela chegada do Professor Andrade, um professor muito preocupado com a construção de uma escola onde tudo acontece de acordo com padrões pré-estabelecidos: a Escola Osarta Pensales. Para que pudéssemos ajudá-lo nessa tarefa, tivemos que nos esvaziar nossas bolsas, tirar delas, e de nós mesmas, tudo que não é condizente à esta escola e que trazíamos conosco: desejos, diferenças, política, motivação, conflitos, sentimentos, sexualidade, diversidade, sonhos, prazer, experiências pessoais...
Após jogarmos tudo fora, construímos, em grupos, objetivos e programas para os cursos da Escola Osarta Pensales: Grampo, Linha, Click, Filtro e Papo. O Prof. Andrade ouviu, com muita atenção, nossas sugestões, mas reprovava qualquer uma que levasse os alunos a imaginar, criar... É, o Prof. Andrade nos ajudou a perceber quantas vezes, preocupadas com um programa a cumprir, deixamos a vida do lado de fora da escola...
Aliás, programa foi o tema da próxima atividade: ainda em grupos, escrevemos a primeira palavra que pensamos ao ouvir falar em: programa; programa escola; programa espaço escola; e, com o Sérgio de volta (que bom, pois o Prof. Andrade está precisando de uma "reciclagem") percebemos que somos a geração do programa: nós programamos a nossa vida toda, tudo o que fazemos é programado, ou "quando nascemos fomos programados", como nos diz a letra da música 'Geração Coca-Cola', que ouvimos a seguir.
Depois do lanche, fomos "apresentadas" a uma outra escola, a Escola Oaçanigami, através de enigmas que deciframos em busca de maletas que continham seus pertences. Cada grupo, de posse de sua maleta, passou por um processo de desnivelamento, decifrando o mistério da escola em frente ao espelho: Oaçanigami, ao contrário, é IMAGINAÇÃO. E, como sem imaginação não vamos a lugar algum, tivemos que usar e abusar de nossa imaginação para utilizar o que encontramos dentro das maletas: poesias, imagens, câmera digital, livro e filmadora (MÍDIAS).
Percebemos, então, que nós somos mediadoras da Sala de Leitura, e desta forma, devemos levar a comunidade escolar a vivenciar a utilização das mídias, buscando a construção do sujeito com o mundo.
Nosso encontro terminou com a leitura de um capítulo do livro que inspirou as atividades que realizamos: 'A Casa da Madrinha', de Lygia Bojunga Nunes.
"As pessoas sem imaginação
podem ter tido as mais imprevistas aventuras,
podem ter visitado as terras mais estranhas...
Nada lhes ficou.
Nada lhes sobrou.
Uma vida não basta apenas para ser vivida:
também precisa ser sonhada."
Mário Quintana
7 comentários:
O encontro foi excelente mesmo!!
Mônica,gostei muito do seu relato.Refletiu o que foi a aula pra mim,também.
Muito bom relato! Bem escrito e com reflexão!
Até a próxima!
Cacá
Que aula maravilhosa! Dinâmica e alegre! E nos fez refletir a importãncia de nossa mediação no relacionamento do aluno com o conhecimento e com o mundo. Deixamos marcas e precisamos ter consciência em cada ação realizada, planejando e sempre deixando o prazer, a criatividade, a liberdade de expressão ,os diferentes olhares e a felicidade transbordarem em nossas práticas pedagógicas! Viva a escola Oaçanigami!!" É preciso saber viver... " E sonhar!!!
Adorei a sua postagem, muito bem escrito, acho que vc deveria ser sempre a relatora!
A aula de hoje foi muito boa, só achei que na minha realidade às vezes o que planejamos não sai da forma que gostaríamos que fosse, mas o importante é tentar.
Gostei muito do seu relato, Mônica. Esse encontro também foi muito útil pra mim, pois trouxe elementos novos, que pretendo incorporar ao meu projeto de trabalho no próximo ano.
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